sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Igreja dos Antigos Católicos.



Texto sobre padres casados, escrito pela "Associação Rumos" (Movimento Nacional das Famílias dos Padres Casados):
São muitos os fundamentos históricos da existência do sacerdócio casado. Durante os primeiros 1200 anos da vida da Igreja, padres, bispos e 39 papas foram casados. O celibato existiu no primeiro século entre os eremitas e os monges, sendo considerado como um estilo de vida opcional, alternativo. Foi a política medieval que introduziu a disciplina do celibato obrigatório para os padres.
Recordemos as palavras de Jesus: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. S. Pedro, o papa mais próximo de Jesus, era casado. No evangelho há três referências à esposa de S. Pedro, à sua sogra e à sua família. Com base na lei e nos costumes judaicos, podemos admitir com toda a segurança que todos os apóstolos, talvez com excepção do jovem João, foram casados e tinham família.
Os padres casados e suas esposas foram os primeiros pastores, os primeiros bispos e os primeiros missionários. Eles levaram a mensagem de Jesus a todas as culturas protegendo-a com muitos trabalhos. Guiaram o primeiro crescimento da jovem e frágil Igreja e ajudaram-na a sobreviver a numerosas perseguições.
O Papa João Paulo II reconheceu isto quando em 1993 disse publicamente que o celibato não é essencial ao sacerdócio. Esta declaração formal constitui uma grande promessa no sentido de resolver o problema da falta de sacerdotes celibatários.
A Igreja primitiva era uma malha de pequenas comunidades baseadas em famílias ao longo da região mediterrânica. A vida era marcada por um sentido de alegre expectativa. Jesus disse que voltaria e os primeiros cristãos acreditavam que viria em breve. Orientados por padres casados encontravam-se nas casas uns dos outros para a celebração da eucaristia. Convidavam estranhos para a partilha do pão e do vinho. Ninguém era excluído da comunhão. Os estranhos rapidamente ficavam amigos, aderiam à nova Igreja e traziam outros para escutarem a boa nova de Jesus.
A sagrada escritura documenta que, na Igreja primitiva, padres e bispos eram casados. No Novo Testamento, na primeira carta a Timóteo, cap.3, 1-7, Paulo analisa as qualidades necessárias para ser bispo. Descreve um pai “sóbrio, ponderado”, chefe de família que governa bem a própria casa. Paulo fundou muitas pequenas comunidades deixando-as nas mãos de padres e bispos casados.
A chefia da Igreja era baseada no serviço e era responsável perante o povo. Todos os membros da Igreja tinham uma palavra na comunidade. Tal como lemos nos Atos dos Apóstolos, cap. 15, 22, as decisões de grupo eram tomadas em concordância com toda a comunidade. A Igreja primitiva é descrita como democrática, em que a liderança escutava a comunidade e respondia às suas necessidades.




Deus me proteja contra os falsos.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Dia 13 de dezembro: dia do Sacerdote Vétero Católico.



Dia do Sacerdote Vétero Católico (Antigos Católicos): dia 13 de dezembro.
Nasce Igreja dos Velhos Católicos em Munique, na Alemanha, em 1871, conhecida como Vétero Católicos, Viejos Católicos, Catholic Old, Antigos Católicos, Católicos Primitivos ou Originais.
As comunidades dos Velhos Católicos da Alemanha, Suíça, Suécia e Austrália, se organizaram em 1872 e depois assinaram a Declaração da União de Utrecht formando assim a união das Igrejas de Utrecht em 24 de setembro de 1889, que se constituem numa comunidade eclesial supranacional.
A Igreja Vétero-católica foi instalada no Brasil, a 22 de Maio de 1932, na cidade de Curitiba, capital do Estado do Paraná, e registrada a 20 de Julho de 1932 sob o n. 43 do livro A, pelo Pe. Teófilo Bartnick, proveniente da Igreja Católica Nacional Polonesa. Foi trazida para a cidade de São Paulo pelo bispo Dom Iam Piotr Perkowiski. Tanto Bartnick como Perkowiski tornaram-se Arcebispos primazes do Brasil dos Vétero-católicos.
A Igreja cresceu entre imigrantes germânicos e poloneses entre 1932-1945, atraíndo também adeptos brasileiros.
O segundo grupo de Vétero Católicos a chegar ao Brasil data de 1950. De origem Britânica, instalaram-se também em Curitiba-PR, onde permanecem até hoje com Sede e Fórum episcopal e foi registrada com o nome de Igreja Vétero Católica do Brasil –(IVCB).
Dia 13 de dezembro (domingo) é o dia do Sacerdote Vétero Católico.
Somos um Igreja nascida do berço romano, mas separados pela doutrina, não comungando com a idéia de infalibilidade papal, nem com o dogma da imaculada conceição.
O Concílio Vaticano I (1869/1870) concebeu uma Constituição dogmática intitulada "Dei Filius", sobre a Fé católica e "Pastor Aeternus", sobre o primado e infalibilidade do Papa quando se pronuncia "ex-cathedra", em assuntos de fé e de moral, o que não foi aceito pelos Véteros-católicos.
A Igreja Vétero Católica é uma parte histórica da Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, que tem diversas denominações pelo mundo, mas são co-irmãs, formando a Unidade na Diversidade.
É depositária da Santa Doutrina Cristo e segue todos os princípios do Cristianismo da Igreja Primitiva.
Os Sacramentos instituídos pela Igreja são: Batismo, Eucaristia, Confirmação ou Crisma, Unção dos Enfermos, Penitência, Matrimonio e Ordem).
Caminhos a serem percorridos na hierarquia da Igreja: acolitado; leitorado; sub-diaconato; diaconato; presbiterato; episcopado, sendo admitido membros do sexo feminino na hierarquia eclesial.
Pode-se ingressar na carreira eclesiástica a qualquer tempo da faixa etária, pois jovens e idosos podem ser chamados ao serviço de Deus a qualquer tempo da vida humana.
Caso desejem fazer parte desta Santa Igreja, procurem no Face e vejam meu trabalho na internet, meu nome é Padre Ney Oliveira, ou simplesmente Ney Oliveira.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Surgimento das Igrejas Nacionais no Brasil


Surgimento das Igrejas Nacionais:
No cristianismo, a sucessão apostólica sustenta que a Igreja Cristã hoje é a sucessora espiritual do grupo de seguidores de Cristo composto pelos Doze Apóstolos. Nas Igrejas episcopais, a Sucessão Apostólica é entendida como sendo a base da autoridade dos bispos. Na Bíblia um exemplo de sucessão apostólica pode ser visto quanto Judas Iscariotes, após trair Jesus Cristo e se suicidar, tem seu posto (ministério) declarado vago por São Pedro e ele aponta a necessidade de que alguém o ocupe (Atos 1,16-17.21-26).
A Igreja Católica refere que o apóstolo Pedro (Simão) tenha sido nomeado o primeiro Papa, líder espiritual da Igreja Católica, instituída por Jesus Cristo.
A sucessão apostólica, feita pela presença da carne, é dita ordem romana. A Igreja Católica acredita e defende que, devido ao sacramento da Ordem, todos os Bispos válidos e legitimamente consagrados, em comunhão com o papa (o sucessor de São Pedro), são todos sucessores dos 12 apóstolos. Assim, quando morre um papa, outro é eleito para o seu cargo, sucedendo-o, e, enquanto que um bispo válido e legitimamente consagrado estiver vivo e em funções, ele consagra outros bispos e ordena os presbíteros e os diáconos, dando por isso uma continuidade ininterrupta à sucessão apostólica, sendo por isso a base de toda a hierarquia da Igreja Católica.
A Igreja Ortodoxa, como mais um exemplo, defende também que os seus bispos eram oriundos de uma sucessão apostólica contínua e ininterrupta, tal como a Igreja Católica, mas defende também que todos os seus bispos eram iguais entre si (incluindo o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, que é só considerado como o Primeiro entre os Iguais).
Existem também as igrejas nacionais, que em sua maioria são descendentes da Igreja Católica Apostólica Brasileira que também é conhecida como: Igreja Brasileira, ou simplesmente pela sigla ICAB, fundada pelo bispo de Maura, Carlos Duarte Costa, antigo bispo da cidade de Botucatu, no interior do estado de São Paulo, Brasil, que fora excomungado pelo papa Pio XXI aos 6 de agosto de 1945, por suas críticas ao suposto relacionamento amistoso da Sé Romana com Benito Mussolini e Adolf Hitler, a quem acusava de cumplicidade nos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. Sendo o bispo de Maura legítimo sucessor dos apóstolos, entroncou a Igreja Brasileira nessa tradição e a ICAB por sua vez a transmitiu às outras igrejas nacionais. Hoje existem igrejas nacionais em todos os continentes e se reunem num organismo chamado "Comunhão Mundial das Igrejas Católicas e Apostólicas". Para a ICAB e suas descendentes co-irmãs, a sucessão apostólica é parte fundamental de sua doutrina e autoridade.
Martinho Lutero século (XVI) na Alemanha, confessa o princípio sola scriptura, ou seja, de que a doutrina cristã primitiva e apostólica se encontra perfeita e suficientemente nas Escrituras Sagradas. Desse modo, a ideia de sucessão apostólica nesse horizonte se explicaria não pela transmissão ritual da autoridade apostólica, como pela imposição de mãos, mas pela conservação fiel da doutrina de Cristo e dos apóstolos, expressa particularmente nos livros sagrados do Novo Testamento. As atuais igrejas apostólicas ou neo-pentecostais acreditam que a sucessão apostólica se refere a uma continuação do trabalho de Jesus Cristo nesta terra por intermédio de apóstolos.

Deus é Paz.