Dom Salomão Ferraz
(1880 a 1969): um Bispo da Igreja Católica Apostólica Romana e Casado, com as
bênçãos e assentimento do Papa João XXIII e do Papa Paulo VI.
Capítulo I.
Dom Salomão Ferraz
(Salomão Barbosa Ferraz) nasceu na cidade de Jaú, Estado de São Paulo, Brasil, aos
18 dias do mês de fevereiro do ano da Graça de Nosso Senhor Jesus de 1880. Foi
Pastor Presbiteriano aos 22 anos (de 1902 até 1917). Transferiu-se para a Igreja
Episcopal Anglicana do Brasil IEAB) permanecendo lá até 1936, sendo pastor
Anglicano por 15 anos. Fundou em 1928 fundou a Ordem de Santo André OSA). No
ano de 1936 fundou a Igreja Católica Livre do Brasil. Em 18 de julho de 1945
foi ordenado Padre na Igreja Católica Brasileira e na data de 15 de agosto de
1945, Bispo. Foi recebido na Igreja Católica Apóstolica Romana, com profissão de
fé em 08 de dezembro de 1959, pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo Dom Carlos
Carmelo de Vasconcelos Motta.
Casado, pai de sete
(7) filhos, doze (12) netos, e três (3) bisnetos, foi recebido por Sua
Santidade o Papa João XXIII no dia 25 de março de 1960 e o fez Bispo Titular de
Eleuterna. Dom Salomão Ferraz, participou do Concílio Vaticano II e advogou a
tese da “celebração litúrgica em vernáculo” e no ano 1964 apresentou ao
Beatíssimo Padre Paulo VI, um projeto de “Reforma Disciplinar”.
Dom Salomão Barbosa
Ferraz morreu no dia 09 de maio de 1969, permanecendo na Igreja Católica
Apostólica Romana. Foi um Bispo casado de noissa história contemporânea.
Dom Salomão Barbosa
Ferraz consagrou Manoel Ceia Laranjeira à Igreja Católica Livre do Brasil em
1951, deixando-o à frente da Igreja Católica Apostólica Independente do Brasil
.
O Sacramento da
Ordem pode ser validamente conferido mesmo por um bispo que não esteja em
comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana, o que aconteceu quando Dom
Duarte da Costa consegrou Dom Salomão Ferraz. Ao desejar ser da tradição
romana, Dom Salomão foi recepcionado pelo Papa Papa São João XXIII), atuando junto
à Arquidiocese de São Paulo, fato que o colocou entre as fileiras desta
tradição.
Capítulo II.
Dom Salomão por
tornou-se Bispo Titular de Eleuterna em 10 de maio de 1963, por ordem do Papa
João XXIII, a quem teve a oportunidade de encontrar uma vez em Roma, bem como
tomou parte no Concílio do Vaticano II como padre conciliar.
Dom Salomão, homem
casado, e pai de sete filhos demonstra a doutrina da Igreja acerca da
validade de ordenações feitas fora da comunhão romana, desde que o consagrante
seja bispo dotado de Sucessão Apostólica. Este fato não contraria a disciplina
eclesiástica tanto do Oriente como do Ocidente. Lembro que houve diversos Bispos
e Papas legitimamente casados e com filhos.
Sobre Dom Salomão
Ferraz há material na sede da Ordem religiosa fundada por ele, no ano de 1928. A
congregação de Padres Missionários Andrelinos, permanece Católica Apostólica
Romana e recebeu do Papa Emérito Bento XVI uma carta (em latim) em 2005,
solicitando que aguardasse o momento oportuno para estarem em plena comunhão
com a Igreja Romana, assim como sempre quisera o fundador Dom Salomão e seus sucessores
na Venerável Ordem Católica de Santo André Apóstolo (OSA).
A sede da congregação fica em São Paulo
(Capital), junto a Paróquia Santo Antônio, na Rua Elias Monteiro Cardoso, 120,
Vila Clara. Monsenhor Ulysses Moreira Araújo, que era do clero diocesano, a
convite de Dom Salomão, ingressou na Ordem de Santo André dando continuidade a
Obra de Deus.
Capítulo III.
Observe-se que o ‘Motu
Proprio’ "Anglicanorum Coetibus", os Padres Anglicanos casados foram
aceitos na Igreja Católica Apostólica Romana sem que tivessem de deixar o matrimônio.
Após o Concílio do Vaticano II, a Igreja Latina admite os Diáconos Permanentes
casados inclusive.
Recentemente, o Papa
Francisco estendeu inclusive a possibilidade de os bispos católicos orientais
ordenarem homens casados na diáspora, isto é, fora dos territórios
tradicionalmente ocupados por estas Igrejas orientais (Oriente Médio, Norte da
África, Índia e Europa Oriental). Observe-se ainda que no “Ordinariados do
Anglicanorum Coetibus” não exclui o superior casado.
Capítulo IV.
O Papa Francisco na “Carta
Encíclica “Lumen Fidei”, aos Bipos, Presbíteros, Diáconos, Pessoas Consagradas,
e a todos em geral, esclarece, nos itens abaixo 35 e 54:
35. A luz da fé em
Jesus ilumina também o caminho de todos aqueles que procuram a Deus e oferece a
contribuição própria do cristianismo para o diálogo com os seguidores das
diferentes religiões. A Carta aos Hebreus fala-nos do testemunho dos justos
que, antes da Aliança com Abraão, já procuravam a Deus com fé; lá se diz, a
propósito de Henoc, que « tinha agradado a Deus », sendo isso impossível sem a
fé, porque « quem se aproxima de Deus tem de acreditar que Ele existe e
recompensa aqueles que O procuram » ( Heb 11, 5.6). Deste modo, é possível compreender
que o caminho do homem religioso passa pela confissão de um Deus que cuida dele
e que Se pode encontrar. Que outra recompensa poderia Deus oferecer àqueles que
O buscam, senão deixar-Se encontrar a Si mesmo? Ainda antes de Henoc,
encontramos a figura de Abel, de quem se louva igualmente a fé, em virtude da
qual foram agradáveis a Deus os seus dons, a oferenda dos primogénitos dos seus
rebanhos (cf. Heb 11, 4). O homem religioso procura reconhecer os sinais de
Deus nas experiências diárias da sua vida, no ciclo das estações, na
fecundidade da terra e em todo o movimento do universo. Deus é luminoso,
podendo ser encontrado também por aqueles que O buscam de coração sincero.
54. Assimilada e
aprofundada em família, a fé torna-se luz para iluminar todas as relações
sociais. Como experiência da paternidade e da misericórdia de Deus, dilata-se
depois em caminho fraterno. Na Idade Moderna, procurou-se construir a
fraternidade universal entre os homens, baseando-se na sua igualdade; mas,
pouco a pouco, fomos compreendendo que esta fraternidade, privada do
referimento a um Pai comum como seu fundamento último, não consegue subsistir;
por isso, é necessário voltar à verdadeira raiz da fraternidade. Desde o seu
início, a história de fé foi uma história de fraternidade, embora não desprovida
de conflitos. Deus chama Abraão para sair da sua terra, prometendo fazer dele
uma única e grande nação, um grande povo, sobre o qual repousa a Bênção divina
(cf. Gn 12, 1-3). À medida que a história da salvação avança, o homem descobre
que Deus quer fazer a todos participar como irmãos da única bênção, que
encontra a sua plenitude em Jesus, para que todos se tornem um só. O amor
inexaurível do Pai é-nos comunicado em Jesus, também através da presença do
irmão. A fé ensina-nos a ver que, em cada homem, há uma bênção para mim, que a
luz do rosto de Deus me ilumina através do rosto do irmão. (...) No centro da
fé bíblica, há o amor de Deus, o seu cuidado concreto por cada pessoa, o seu
desejo de salvação que abraça toda a humanidade e a criação inteira e que
atinge o clímax na encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo. (...)
Capítulo V.
É de se esperar que
todas as Igrejas Nacionais se preparem para promover a União de todas em um
Corpo Uno, Santo e Indivisível. Os estudos filosóficos e teológicos devem ser
rígidos, e o Clero deve informar-se de toda a gama de conhecimentos existentes,
de forma ampla e científica. Na medida do possível, promover formação sólida a
todos os membros do Corpo Eclesial. O motivo é óbvio: como as Igrejas Nacionais
e as separadas estão crescendo imensamente, devem preparar-se para assumir um
local de destaque no Campo Santo da Evangelização dos Povos.
Automaticamente as
Igrejas ‘ditas’ “tradicionais” abrirão espaço para o reconhecimento de que
todos fazemos parte da Evangelização do Bem, e que juntos seremos mais fortes.
Não há espaço para agressões mútuas, ou estratégias teológicas nefastas para
promover o isolamento desta ou daquela tradição.
Aos que “fincarem o
pé” no passado, isolando as mulheres, isolando os religiosos casados, enfim,
promovendo “preconceito supostamente teológico”, restará a diminuição de fiéis
que acreditem “em histórias de contos de fada”.
Com o crescimento da
tecnologia, dos saberes em geral, com os conceitos se atualizando a cada
segundo, não há como “fincar estaca” em conhecimentos centenários.
A atualização dos
saberes, à vista do momento atual, se faz necessário. As Igrejas Nacionais
existem sim. As mesmas são aceitas pelo Povo de Deus, sim. As Igrejas separadas
das origens por algum ponto doutrinário existem, sim! Todas continuarão a
existir, sim!
Queiram os amigos
que lerem este texto aceitem ou não, Todas continuarão a Existir, Sim!!! Seja
então Pacífico, Manso de coração, e siga Jesus, e aceite as mudanças, sim! Caso
não deseje mudar, pedimos que nos aceitem como somos, SIM!
Gentileza Gera
Gentileza. Muita Saúde, Paz, Misericórdia, e aceite o Amor de Nosso Único Deus
Universal!
(Padre Ney Oliveira,
Sacerdote Vétero Católico do Brasil)