sábado, 1 de julho de 2017

Teologia da Libertação.

Aceitamos os propósitos do "Pacto das Catacumbas. O Pacto das Catacumbas foi um documento redigido e assinado por quarenta padres participantes do Concílio Vaticano II, entre eles muitos bispos latino-americanos e brasileiros, no dia 16 de novembro de 1965, pouco antes da conclusão do concílio. Este documento foi firmado após a eucaristia na Catacumba de Domitila. Por este documento de 13 itens, os signatários comprometeram-se a levar uma vida de pobreza, rejeitar todos os símbolos ou os privilégios do poder e a colocar os pobres no centro do seu ministério pastoral. Comprometeram-se também com a colegialidade e com a corresponsabilidade da Igreja como Povo de Deus, e com a abertura ao mundo e a acolhida fraterna.
Conclusão:
Na Igreja Primitiva, onde houve verdadeiramente os seguidores dos princípios de Jesus, tudo era repartido. Lendo os Atos dos Apóstolos, e em outras Cartas do Novo Testamento, podemos verificar quanto os seres humanos deturparam e ainda estão deturpando os ensinamentos de Jesus. Vale salientar que Jesus pregou, mas não organizou uma igreja. Este é um ponto interessante, pois a igreja foi organizada no século IV, em uma estrutura assemelhada a do Império da época... Os discípulos e os seus auxiliares, que eram em torno de 70 auxiliares, naquela época, foram os que espalharam a Palavra, não havendo hierarquia entre eles. Hierarquia é coisa mundana; coisa de quem deseja dominar o semelhante! Quanto ao primado de um sobre os outros, basta ler que na Bíblia a palavra pedra tinha vários significados, e que o mesmo que dizem ter sido a "pedra" por ser duro e teimoso, versos abaixo foi chamado por Jesus de satanás! Pedimos que parem de dizem que uma igreja é a única verdadeira, pois esta afirmação é causadora de mortes, violências, separações. Enfim, causa tudo o que é contra aos ensinamentos de Paz de Jesus. Ignorantes da fé, aceitam o consumismo e  as coisas mundanas nos templos, e ignoram que tudo que é consumista e materialista dentro dos templos, depõe contra a fé deles próprios. Pensam que arrastar o joelho no asfalto, comprar objetos, fingir-se de santo agrada a Deus. Aviso: Deus sabe o que é falso e hipócrita. A Deus não se engana.  Pode dar mil voltas ao mundo fazendo "viagens santas peregrinas", chorar lágrimas teatrais frente às câmeras... mas... Deus sabe que você, que explora os empregados, com salários mínimos, está tentando comprar os Céus, fingindo-se de bom aos da terra, mas não enganando os Céus. Não adianta dar dinheiro em frente as mídias televisivas, pois a intenção na certa não é caritativa, mas apenas propaganda de alguma empresa que trata os funcionários como escravos. Nem todos que visitam os locais sagrados deveriam estar lá, pois muitos que fazem peregrinações não são dignos de ao menos mencionar o Santo Nome de Deus. Tem muita gente dando beijos no diabo e dizendo-se filho do Pai Eterno, por puro lucro monetário.

Teologia da Libertação, conheça um pouco de seus fundamentos.
A fé deve ser vivida, numa prática libertadora, e pode contribuir para tornar a práxis mais autenticamente libertadora. O termo libertação foi cunhado a partir da realidade cultural, social, econômica e política sob a qual se encontrava a América Latina, a partir das décadas de 60/70 do último século. Os teólogos deste período, católicos e protestantes, assumiram a libertação como paradigma de todo fazer teológico.
O ambiente político é geralmente caracterizado pela presença de governos que administram o poder arbitrariamente em vantagem dos ricos e dos poderosos, fazendo amplo uso da força e da violência. O ambiente econômico e social está marcado pela miséria e pela marginalização da maior parte da população. Os recursos econômicos são controlados por um pequeno grupo de privilegiados.
Desta forma compete à teologia da libertação a tarefa de discursar sobre Deus a partir da ótica de um processo excludente e a partir da realidade concreta dos excluídos. O teólogo da libertação, portanto, deve ter este duplo olhar: olhar para Deus e olhar para o excluído. Olhar para Deus é a fonte de toda libertação possível e o olhar para o excluído identifica onde há necessidade de libertação.
Ela passa a ser fonte de libertação e de esperança para o homem. A religião, desta forma, não se reduz a uma ideologia que mantém o status quo social e político; também não é mais fonte de discursos etéreos. A teologia da libertação pretende mostrar que Deus não está em uma esfera fora da história; mas, ela quer mostrar que Deus encarna-se na história, gera libertação de um povo humilhado, gera vida e esperança a um povo crucificado e sem sonhos. Podemos dizer, metaforicamente, que a teologia da libertação anuncia a ‘’descida’’ de Deus de sua esfera transcendente e “celeste” e mostra-o como agente dignificador dos humilhados da terra. Deus não é mais um conjunto de doutrinas e especulações, mas é a fonte de toda a luta pela justiça e igualdade. Por isso, Deus se manifesta nas lutas históricas pela justiça, pela inclusão e pela superação de toda opressão vigente na humanidade. “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.” (Ex 20,2). Eis a face de Deus anunciada pela teologia da libertação: Deus que tira o povo da opressão, da servidão.
A teologia da libertação surge para mostrar que Deus é “Pai – Nosso”; portanto os homens e as mulheres devem se relacionar como irmãos e irmãs, sem haver exclusão, sem haver opressão ou sem qualquer tipo de violação da dignidade humana. Lutar pela libertação é valorizar a paternidade universal de Deus, que se manifesta nas relações justas e fraternas entre todos os seres humanos.